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Um super-artigo do Le Monde (16-02-2012)

Por Soren Seelow

En octobre, le groupe avait annoncé un bénéfice en hausse de 27 % sur l'ensemble de l'exercice 2012.

La condamnation, lundi 13 février, du géant américain de l’agroalimentaire Monsanto, poursuivi par un petit agriculteur charentais intoxiqué par un herbicide, est une première en France. A l’échelle de l’histoire de la multinationale, centenaire, cette condamnation ne constitue qu’une péripétie judiciaire de plus dans un casier déjà très chargé.

PCB, agent orange, dioxine, OGM, aspartame, hormones de croissance, herbicides (Lasso et Roundup)… nombre de produits qui ont fait la fortune de Monsanto ont été entachés de scandales sanitaires et de procès conduisant parfois à leur interdiction. Mais rien n’a jusqu’ici freiné l’irrésistible ascension de cet ancien géant de la chimie reconverti dans la biogénétique et passé maître dans l’art du lobbying. Portrait d’une multinationale multirécidiviste.

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COMUNICADO DE IMPRENSA

Crise da Biodiversidade: Mediterrâneo é a zona mais rica da Europa e aquela com mais espécies ameaçadas

 

Uma análise da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), de que a LPN é membro, revelou algo para que há muito vínhamos chamando a atenção: a zona mais biodiversa da Europa, o Mediterrâneo, está a ser fortemente impactada pela actividade humana e é nos países desta região que há maior quantidade de espécies ameaçadas. Portugal, Grécia e Espanha são os países com maior proporção de espécies ameaçadas de extinção: 21% das 2032 espécies avaliadas em Espanha estão ameaçadas, 15% das 1215 espécies avaliadas em Portugal estão ameaçadas e 14% das 1684 espécies avaliadas na Grécia estão ameaçadas. (…) A análise de IUCN debruçou-se sobre a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da Europa e conclui que a União Europeia tem muito trabalho pela frente para poder cumprir os objetivos da Estratégia para a Biodiversidade de 2020. Das espécies em extinção no continente distinguem-se os grupos: 59% dos moluscos de água doce, 40% dos peixes de água doce, 23% dos anfíbios, 22% dos moluscos terrestres e 20% dos répteis. Entre as principais causas de ameaça às espécies está a perda, fragmentação e degradação dos habitats devido à expansão agricola intensiva e híper-intensiva, expensão urbana, abandono de sistemas agrícolas de Alto Valor Ambiental (montados, estepes cerealíferas, pastagens extensivas, prados de montanha, olivais extensivos) construção de barragens e poluição das águas. A intensificação agrícola, reconstrução industrial e desregulamentação da legislação ambiental são algumas das apostas mais fortes para a recuperação económica nos países com maior biodiversidade, mas que mal feita e desordenada mais põe em causa as espécies ameaçadas na Europa. Os danos causados à maior riqueza que se encontra nesses países serão irreversíveis e de valor incalculável a médio-longo prazo. A LPN chama por isso a atenção a este importantíssimo estudo que deve ter um peso bastante relevante para as opções económicas a ser escolhidas pelos governos europeus. A riqueza de biodiversidade é um valor inestimável, com serviços prestados aos ecossistemas naturais e humanos, às actividades agrícolas e florestais, ao turismo e à saúde pública. Lançar países em projectos que acelerarão a destruição destes valores naturais é retirar às gerações futuras o património natural que herdámos das gerações passadas, inviabilizando também o futuro dos países em causa. A aposta na conservação e na promoção da riqueza ambiental é um caminho importante a escolher nas soluções para a crise económica.

A Direcção Nacional da Liga para a Protecção da Natureza Lisboa, 9 de Maio de 2013

Numa obra em que estamos a trabalhar e onde se escavou um bom bocado de terra, fomos incomodar esta inocente criatura, cuja inesperada visita me veio relembrar quão bonita e complexa é a natureza que a civilização teima em ignorar (leia-se erradicar).

Cobra aflita, Santiago do Escoural, Alentejo, 2013, Andrea Morgenstern

Cobra aflita após perder a casa, Santiago do Escoural, Alentejo, 2013, Andrea Morgenstern

Cobra... , 2013, Andrea Morgenstern

Cobra… , 2013, Andrea Morgenstern

Cobra... , 2013, Andrea Morgenstern

Cobra… , 2013, Andrea Morgenstern

Cobra..., 2013, Andrea Morgenstern

Cobra…, 2013, Andrea Morgenstern

Cobra..., 2013, Andrea Morgenstern

Cobra…, 2013, Andrea Morgenstern

(PS: soube hoje que os trabalhadores da obra já mataram este belo animal…)

Os lucros da Portucel, que é de todas as empresas de capitais nacionais aquela que mais exporta, cresceram 7,6% em 2012. Mas, como para qualquer projecto capitalista parar de se expandir é morrer (a metáfora do império tantas vezes usada para caracterizar o capitalismo não é acidental), a papeleira, segundo noticiado na imprensa, prepara um projecto de construção de uma nova fábrica. Para isso precisa primeiro de garantir matéria-prima suficiente e a baixo custo, ou seja, muitos milhares de hectares de eucaliptais terão de ser plantados em Portugal. O aumento do deserto não pode parar.

Os gurus do não-pensamento liberal que governam a coisa pública terão sido contactados para ver o que poderia ser feito relativamente à eliminação de entraves que existem em termos ambientais. E de facto havia algo que poderia ser feito. Em meados de 2012, é pois tornada pública uma proposta governamental que abre a porta à liberalização das plantações de eucalipto.

Deserto em expansao

um deserto

O caminho à ‘eucaliptização da floresta‘ está assim aberto. Com a proposta do governo (chamam-lhe ‘a Lei da Pasta’), que revoga “todas as restrições legais relativas à plantação ou sementeira de eucaliptos, designadamente nas proximidades de terrenos cultivados, terras de regadio, nascentes de água ou prédios urbanos” (Quercus), “assistiremos a uma diminuição das espécies florestais, à redução da biodiversidade, à alteração de diversos ecossistemas florestais e ao aumento da propensão para incêndios florestais” (Luís Fazenda).

A expansão ilimitada da Portucel requer, como é óbvio, a expansão ilimitada da monocultura do eucalipto (seremos obrigados a plantar eucaliptos nos nossos vasos nas varandas?).

A expansão ilimitada do capitalismo requer a expansão ilimitada do deserto que, em Portugal, é verde e inflamável. 

Caros amigos,

Silenciosamente, em todo o planeta, bilhões de abelhas estão morrendo, ameaçando as colheitas de nossas plantações e nossos alimentos. Entretanto, em 48 horas, a União Europeia poderá tomar medidas para banir alguns dos agrotóxicos mais venenosos e pavimentar o caminho para uma proibição global que salvaria as abelhas da extinção. Quatro países da UE passaram a proibir esses pesticidas venenosos e algumas populações de abelhas já estão se recuperando. Dias atrás, o órgão oficial que cuida da segurança alimentar europeia afirmou, pela primeira vez, que certos pesticidas estão causando danos fatais às abelhas. Agora, juristas e políticos europeus estão pedindo uma proibição imediata. Mas a Bayer e outras gigantes produtoras de agrotóxicos estão fazendo lobby para mantê-los no mercado. Se provocarmos um enxame enorme de indignação pública agora, poderemos pressionar a Comissão Europeia a colocar nossa saúde e o meio ambiente na frente do lucro de poucos. Sabemos que nossa voz tem poder! No ano passado, a nossa poderosa petição, com 1,2 milhão de assinaturas, obrigou as autoridades dos EUA a abrir uma consulta formal sobre pesticidas – agora, se chegarmos a 2 milhões, poderemos convencer a UE a se livrar desses venenos e pavimentar o caminho para uma proibição mundial.

Assine a petição urgente e envie para todos

– a Avaaz e deputados europeus vão entregar nossa mensagem antes da reunião chave nesta semana, em Bruxelas: http://www.avaaz.org/po/hours_to_save_the_bees/?bzqrGdb&v=21447

As abelhas não só produzem mel, mas são vitais para a vida na Terra – a cada ano elas polinizam 90% das plantas e plantações com um valor estimado em US$40 bilhões, mais de um terço da produção de alimentos em muitos países. Sem ações imediatas para salvar as abelhas, muitas das nossas frutas, legumes e nozes preferidas poderão desaparecer das prateleiras. Nos últimos anos, temos visto um declínio acentuado e preocupante, em todo o planeta, das populações de abelhas – algumas espécies já estão extintas e outras, nos EUA, foram reduzidas a apenas 4% da população que existia antes. Cientistas vêm lutando para obter respostas e agora a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar está dizendo que os produtos químicos tóxicos chamados pesticidas neonicotinóides poderiam ser os responsáveis pelas mortes das abelhas. A França, Itália, Eslovênia, e até a Alemanha, sede da Bayer, maior produtora de agrotóxicos, baniram alguns destes produtos que matam abelhas.

Porém, a Bayer continua a exportar o seu veneno para o resto do mundo. Neste momento, o debate está pegando fogo. Parlamentares da UE estão aumentando a pressão sobre a Comissão Europeia e sobre os governos-chave para aprovar a nova legislação proibindo esses agrotóxicos mortais, e nós podemos oferecer-lhes o apoio público de que precisam para combater o potente lobby dos produtores de pesticida. Assine a petição urgente para os líderes europeus, e em seguida, encaminhe este email para todos: http://www.avaaz.org/po/hours_to_save_the_bees/?bzqrGdb&v=21447

Nosso mundo está cercado de ameaças para as condições que o tornam habitável, e para tudo aquilo que o torna maravilhoso. A comunidade Avaaz se reúne para defender os dois – seja grande ou pequeno. Seja vencer uma batalha para impedir a Comissão Baleeira Internacional de sancionar o assassinato destes enormes mamíferos, seja para salvar as abelhas, estas pequenas criaturas das quais tanto dependemos. Vamos nos unir e defender o mundo que todos queremos.

Com esperança,

Luis, Ari, Alice, Iain, Ricken, David, Alaphia, e toda equipe da Avaaz

MAIS INFORMAÇÕES:

UE suspeita de inseticidas por “sumiço” de abelhas (Instituto Humanitas Unisinos) http://www.ihu.unisinos.br/noticias/517043-ue-suspeita-de-inseticidas-por-qsumicoq-de-abelhas

Agência europeia diz que 3 neonicotinóides põem abelhas em risco (G1) http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/01/agencia-europeia-diz-que-3-neonicotinoides-poem-abelhas-em-risco.html

Comissão Europeia admite proibir pesticidas devido ao impacto sobre as abelhas (Lusa) http://visao.sapo.pt/comissao-europeia-admite-proibir-pesticidas-devido-ao-impacto-sobre-as-abelhas=f706959

Pesticidas são uma ameaça para as abelhas (European Voice) (em inglês) http://www.europeanvoice.com/article/2013/january/pesticides-pose-danger-to-bees/76158.aspx

Pesticidas da agricultura estão “matando nossas abelhas” diz membro do parlamento europeu (Public Service Europe) (em inglês) http://www.publicserviceeurope.com/article/3007/crop-pesticides-are-killing-our-bees-says-mep#ixzz2JGICse6a

Sentença de morte para agentes nervosos pesticidas para salvar abelhas (Independent) (em inglês) http://www.independent.co.uk/environment/nature/death-knell-for-nerve-agent-pesticides-in-move-to-save-bees-8454443.html

Dêem uma chance para as abelhas! (The Greens European Free Alliance) (em inglês) http://www.greens-efa.eu/give-bees-a-chance-9012.html

Estudos culpam a Bayer pela morte de abelhas (Christian Science Monitor) (em inglês) http://www.csmonitor.com/Science/2012/0406/Studies-fault-Bayer-in-bee-die-offA

Caros amigos,

Uma mega-empresa de petróleo está tentando transformar a mais primitiva floresta tropical no coração do Equador em um campo de petróleo. A tribo Kichwa de Sani Isla está resistindo com coragem e acabaram de nos pedir ajuda para salvar suas terras.

A comunidade assinou um compromisso de nunca vender suas terras, onde onças vagueiam e um único hectare pode conter mais diversidade animal do que em toda a América do Norte! Mas o governo do Equador está tentando comprá-los para oferecer 4 milhões de hectares da Amazônia para grandes petrolíferas. O presidente Correa está numa batalha eleitoral neste momento e tem uma reputação de respeito ao meio ambiente e aos povos indígenas. Se pudermos fazer esse assunto vazar globalmente e tornar a proteção da Amazônia uma questão eleitoral, poderemos impedir essa corrida do petróleo.

Até agora a comunidade corajosamente se manteve firme, mas os petroleiros podem chegar com seus equipamentos de perfuração a qualquer momento. Os Kichwa estão apelando por nossa ajuda para salvar a Amazônia. Assine esta petição agora e compartilhe amplamente. Se 1 milhão de pessoas assinarem, vamos criar uma tempestade de mídia que forçará Correa a dar um passo atrás:

http://www.avaaz.org/po/oil_in_the_amazon_global/?bGfvFdb&v=21317

Depois da Texaco e outras empresas de petróleo terem poluído as águas do Equador e devastado ecossistemas preciosos de maneira irreversível, Correa conduziu o Equador a ser o primeiro país do mundo a reconhecer os direitos da “Mãe Terra” em sua Constituição. Ele anunciou que o Equador não estava à venda, e no Parque Nacional Yasuni, promoveu uma iniciativa inovadora, onde outros governos pagam ao Equador para manter o petróleo no solo protegendo a floresta ao invés de destruí-la. Mas agora ele está prestes a se vender.

De modo chocante, a terra Kichwa está, em parte, no Parque Nacional Yasuni. Mas, ainda mais chocante é o grande plano de Correa: dentro de alguns dias funcionários do governo começarão uma turnê mundial para oferecer aos investidores estrangeiros o direito de perfurar em uma área de 4 milhões de hectares de floresta (maior que a Holanda!). O Equador, como qualquer país, pode argumentar que tem o direito de lucrar com seus recursos naturais, mas a própria Constituição diz que deve-se respeitar os direitos indígenas e suas incríveis florestas, que rendem milhões de dólares em turismo a cada ano.

Neste momento, Correa está em uma dura batalha para ganhar seu segundo mandato como presidente. É o momento perfeito para fazê-lo honrar suas promessas ambientais e fazer essa Constituição verde se tornar realidade. Assine agora para apoiar o povo Kichwa e salvar sua floresta:

http://www.avaaz.org/po/oil_in_the_amazon_global/?bGfvFdb&v=21317

Nossa comunidade tem lutado ano após ano para proteger a Amazônia no Brasil e na Bolívia, e obteve muitas vitórias apoiando as comunidades indígenas. Agora é a vez do Equador: vamos responder a este apelo urgente e salvar a floresta.

Com esperança e determinação,

Alex, Pedro, Alice, Laura, Marie, Ricken, Taylor, Morgan e toda a equipe da Avaaz

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Mais informações:

Equador revive conflito sobre exploração de petróleo na Amazônia (BBC)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121209_petroleo_amazonia_equador_rw.shtml

Equador licitará novas áreas petrolíferas na Amazônia (Exame)
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/equador-licitara-novas-areas-petroliferas-na-amazonia

Chevron é multada em US$ 19 bilhões no Equador (Veja)
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/chevron-e-multada-em-us-19-bilhoes-no-equador

Tribo equatoriana recebe indulto de intrusão de óleo (The Guardian) (em inglês)
http://www.guardian.co.uk/environment/2013/jan/17/indigenous-ecuadorian-tribe-oil-intrusion

Equador adota direitos da natureza em Constituição (Rights of Nature) (em inglês)
http://therightsofnature.org/ecuador-rights/A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 14 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. (“Avaaz” significa “voz” e “canção” em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 19 países de 6 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui (http://www.avaaz.org/po/highlights.php), nos siga no Facebook (http://www.facebook.com/Avaaz) ou Twitter (http://twitter.com/Avaaz).

Um blog e uma associação com todo o interesse e uma missão muito simples:

“Divulgar, dignificar e proteger o património arbóreo de Portugal, com a participação de todos.”

Navegue por este blog e encalhe nas suas inacreditáveis fotografias de árvores espantosas, saídas de livros de contos de fadas:

http://www.arvoresdeportugal.net/

(conferência de Dusty Gedge, presidente da European Federation of Green Roof Associations)

A tribo sul-americana Yanomami é um desses casos muito raros. Usa, por exemplo, 500 espécies de plantas diferentes para as suas actividades do dia-a-dia. Um artigo da generosa Survival International conta-nos mais sobre a espantosa relação desta tribo com a floresta.

Habitantes da tribo Yanomami, Brasil, Fiona Watson